quarta-feira, 3 de março de 2010

4 TRANSPLANTES VITAIS E UM DIPLOMA DE MEDICINA

Podemos chamar isso de força de vontade, fé ou até de milagre, mas o fato é que na Inglaterra, uma mulher chamada Allison John, de 32 anos, obteve dois diplomas universitários na área de saúde após ter sido submetida a quatro transplantes de órgãos vitais: pulmão, coração, fígado e rim.
Durante uma das cirurgias, estava tão frágil que os médicos tiveram de realizar a operação aplicando anestesia peridural em vez de geral.
"Minha vida tem sido uma montanha-russa e foi necessário um longo período para chegar aqui, mas cheguei", disse a médica recém-formada. Alisson é o tipo de pessoa que enxerga o copo sempre "metade cheio", e não se sente castigada pela vida, para ela tudo foi uma questão de "sorte".
Allison terminou duas universidades de saúde e faz trabalho voluntário.
                                         
                                                            (Foto: BBC Brasil)
Allison tinha apenas seis semanas quando foi diagnosticada com fibrose cística, uma doença que ataca principalmente os pulmões e dificulta a absorção de gorduras e outros nutrientes dos alimentos.Sua condição foi piorando e, ainda na adolescência, precisou fazer seu primeiro transplante. Foram necessários 16 meses de espera na fila para receber um fígado.Na mesa de cirurgia, os médicos respiraram aliviados ao descobrir que a adolescente só teria três dias de vida sem o transplante e que salvaram sua vida. A operação foi em 1995.
Dois anos depois, quando já havia começado seus estudos universitários, Allison passou a sofrer de deficiências no pulmão. Novamente, se viu na mesa de operações. Durante o transplante do órgão respiratório, seu coração também foi transplantado.
A estudante viveu um período saudável em que concluiu o curso de neurociência e iniciou a faculdade de medicina. Entretanto, no meio do curso, recebeu outra notícia bombástica: a de que uma rejeição de seu corpo aos órgãos transplantados estava causando problemas nos rins.
Em dezembro de 2006, a jovem recebeu um rim do próprio pai, que revelou-se um doador compatível.
Apesar das idas e vindas em seu estado de saúde e além dos dois diplomas que obteve, Allison também encontrou tempo para fazer trabalhos voluntários para a fundação para o fígado do País de Gales, incentivando a doação de órgãos.
"Muita gente diz que eu tive muito azar na vida. Não acho. O número de órgãos doados é muito pequeno e eu me incluo entre os sortudos."
"Mas depois de tudo o que vivi, acho que posso usar essas experiências que tive com médicos bons e ruins para ajudar os outros."
"Não sei quanto tempo meus órgãos transplantados permanecerão saudáveis. Mas eu me recuso a me preocupar com o futuro. O que é que importa, quando o presente é tão bom?"

 
No Brasil os transplantes e doação de órgãos cresceram no primeiro semestre, sendo  2.367 cirurgias, 16,4% a mais que no mesmo período de 2009, e atingiu patamar histórico de doação de órgãos no primeiro semestre de 2010 na comparação com o mesmo período no ano passado, conforme informou o Ministério da Saúde.
Foram 2.367 cirurgias realizadas no País nos primeiros seis meses deste ano contra 2.033 entre janeiro e junho de 2009. No mesmo período em 2008, o número de operações foi 1.688, de acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 90% dos procedimentos feitos no Brasil são oferecidos pelo SUS, de forma gratuita. Doadores efetivos de órgão subiram 17% no primeiro semestre de 2010. São 983 pessoas em 2010 ou apenas 10,06 doadores por milhão de população (ppm). Em 2009, no mesmo período, foram 818 doadores ou 8,6 ppm.
São Paulo (22,76 ppm), Santa Catarina (17 ppm), Distrito Federal (16,88 ppm), Espírito Santo (16,06 ppm) e Ceará (15,68 ppm) lideram o ranking de doadores.


Você ainda acha que vai usá-los depois que seu corpo morrer?
 DOE A QUEM PRECISA !!!
Pra quem recebe faz toda a diferença!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário